12.15.2004

Vanilla Sky

Se eu fosse pintora deitava-me de barriga para cima num sítio qualquer com um horizonte muito largo e passava o resto da vida a pintar céus e mais céus: limpos azuis, às risquinhas, com nuvens-farrapos, com nuvens gigantes laranjas, dourados, liláses, prestes a chover, acabadinhos de lavar, diurnos, a amanhecer, nocturnos cheios de estrelas, com arco-íris ao fundo e brilhantes de doer. Todos. O resto da vida*.


*Revelação patrocinada pelo céu de fim de tarde aqui da ilha cinzenta, sempre lindo, o parvo, mesmo a dizer: "Vês como eu podia ter estado o dia todo em vez de cinzento prestes a cair, mas olha toma lá uns minutos disto para te acompanhar no caminho para casa que já não é mau"