Que giro
que é meter a vida toda em caixas e carragá-la daqui para ali. Frequentemente, duas vezes por ano, pelo menos.
Os frades Franciscanos devem ter tirado a ideia de despojo dos bens materiais depois de viverem como estudantes exilados.
Já fui comprar mais malas, já fui cravar caixas ao senhor da loja dos kebabs, já despachei camisolas justas e calças "bootcut" ("so 2004") para a OXFAM e mesmo assim ainda me sobram coisitas sem abrigo. Papéis com incrições enigmáticas, apontamentos, artigos que jamais irei ler, agendas velhas, 1000000 mill engenhocas de cozinha (uma coisa para separar a gema da clara, uma coisa para raspar cenouras, uma ainda para esmagar alhos...), luvas desemparelhadas. Vida preenchida, a abarrotar, diria mesmo. De bugigangas pelo menos.
Os frades Franciscanos devem ter tirado a ideia de despojo dos bens materiais depois de viverem como estudantes exilados.
Já fui comprar mais malas, já fui cravar caixas ao senhor da loja dos kebabs, já despachei camisolas justas e calças "bootcut" ("so 2004") para a OXFAM e mesmo assim ainda me sobram coisitas sem abrigo. Papéis com incrições enigmáticas, apontamentos, artigos que jamais irei ler, agendas velhas, 1000000 mill engenhocas de cozinha (uma coisa para separar a gema da clara, uma coisa para raspar cenouras, uma ainda para esmagar alhos...), luvas desemparelhadas. Vida preenchida, a abarrotar, diria mesmo. De bugigangas pelo menos.
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