1.22.2004
Porque é que às vezes o chão nos foge e temos de reaprender a andar?
E por mais que apertemos as mãos o que tentamos salvar escapa-se entre os dedos?
E por mais que apertemos as mãos o que tentamos salvar escapa-se entre os dedos?
1.13.2004
Está ali um senhor, naquele programa de entrevistas com espelhos, a dizer que existe vida nos ambientes mais hostis. Existe vida no gelo, no fundo mais fundo dos oceanos, quase no centro da terra. Se o programa fosse interactivo perguntava-lhe já: porque é que a vida me parece ás vezes tão desconfortável, se tenho todo o oxigénio e nutrientes que necessito, se vivo à temperatura ideal para as minhas enzimas, e se não me pesam metros de água salgada em cima?
1.05.2004
Onde estão agora as tuas mãos, que me pareciam tanto folhas de Outono que por vezes dava por mim com medo que se desprendessem dos teus braços e flutuassem lentamente até ao chão?
Qual é o chão que agora pisas com os passos lentos e dolorosos, com o desequilíbrio que tentavas disfarçar?
A quem contas agora as tuas histórias tão antigas? Quem te faz o chá quente, verde e muito doce como gostavas? A quem estendes agora pacotes de bolachas às escondidas?
Como ousaste partir desta maneira, desvaneceste-te no tempo até ficares transparente?
E agora o que resta de ti é uma caixa vazia e um papel onde ensaiavas teimosamente a tua assinatura que aprendeste sozinha.
Qual é o chão que agora pisas com os passos lentos e dolorosos, com o desequilíbrio que tentavas disfarçar?
A quem contas agora as tuas histórias tão antigas? Quem te faz o chá quente, verde e muito doce como gostavas? A quem estendes agora pacotes de bolachas às escondidas?
Como ousaste partir desta maneira, desvaneceste-te no tempo até ficares transparente?
E agora o que resta de ti é uma caixa vazia e um papel onde ensaiavas teimosamente a tua assinatura que aprendeste sozinha.
1.02.2004
Estou preocupada: na pressa de engolir as 12 passas a tempo dos desejos serem realizados, comi-as TODAS ao mesmo tempo. Terei sido desclassificada?
Um sorriso...
...e que sorriso!
(As cortinas novas vão ter de esperar, não sei mudar o código esquisitíssimo do template.)
...e que sorriso!
(As cortinas novas vão ter de esperar, não sei mudar o código esquisitíssimo do template.)
Agora as palavras lindas(que não são minhas, mas do David Mourão-Ferreira)
«Mal fora iniciada a secreta viagem
um deus me segredou que eu não iria só
Por isso a cada vulto os sentidos reagem
supondo ser aluz que o deus me segredou»
«Mal fora iniciada a secreta viagem
um deus me segredou que eu não iria só
Por isso a cada vulto os sentidos reagem
supondo ser aluz que o deus me segredou»