11.26.2006

"Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco"


Mário Cesariny de Vasconcelos



Sei de cor desde a primeira vez que os li e repito para dentro em comboios lentos, à espera de autocarros, às vezes até em momentos em que façam sentido estes versos. Não gosto de homenagens mas vou repetir mais vezes.

11.01.2006

Desgraças da experiência "mala de cartão século XXI"

Esta é a altura do ano de morrer de saudades do senhor das "castanhas-assadas-perfeitas-crosta-crocante-dourada" da Praça de Londres. Meio quileco, por assar, enfezadinhas, no Pingo Doce aqui da Little Britain: 1200 paus.



Isto iria ao sítio num instante com a "terapia Maria Antonieta": eclairs, sapatos, vinho e "girl talk".