6.28.2006

...

Juro que me sinto no intervalo de qualquer coisa.
O mais grave é que não me lembro do desfecho da primeira parte.

Podia vir aqui queixar-me que

estou cheia de sono, que o trabalho se reproduz misteriosamente em mais trabalho, que os construtores assentaram arraiais e não abandonam a casa, começam às 8 da manhã (daí o sono) e torceram o nariz ao Earl Grey que atenciosamente lhes deixei na bancada como sendo "too posh" (foi substituido por uma mistela igual à que dão nos comboios, percebi agora o termo "builder's tea"), que me andam a tentar arrastar para literalmmente acampar à porta de Wimbledon na ânsia de blhetes "dos bons"*, que apanhei Mundialite e já vi mais de meia hora de futebol de seguida, juro, nervosa e entretida.
Mas naõ, vou falar do que realmente importa: o meu novo vício da caixinha que fala!

Big love


Para além de diálogos perfeitos, um enquadramaento da história que não cai em moralismos nem vitmizações (o que seria tentador uma vez que é acerca de uma família poligâmica), tem a Chloë Sevigny como "2ª mulher" e a Jeanne Tripplehorn (aquela da verdadeira cena quente no Instinto Fatal) como "1ª mulher".
*ADENDA: Não acampei mas lá me arrastaram para Wimbledon. Olha, gostei. Especialmente d o Pimm's claro, das esplanadas, do jazz ao vivo. E sim, andavam por lá umas pessoas a jogar ténis.



6.26.2006

Agoniada, angustiada, a olhar em volta quando vou sozinha na rua. E já passaram mais de 24 horas desde que vi o United 93.

(Apeteceu-me bater palmas quando o extintor foi esmagado na cabeça daquela alminha, mas achei muito à anos 20 tanta interacção com o filme.)

6.22.2006

Hoje

é o Lady's Day em Ascot. Vou celebrar a meu interesse por futilidades (adquirido algures entre os 4 e os 5 anos) e comprar a Hello! para ver os chapéus. Não tão bom como o especial "365 vestidos da princesa Diana" mas bem melhor que casamento da Jordan.


6.21.2006

Numa gravação que tenho de "Àguas de Março" a Ellis Regina desata a às gargalhadas com o Tom Jobim para o fim da canção. Ao contrário das gargalhadas das outras pessoas (patéticas, fanhosas ou aflitivas consoante o estilo) as dela são bonitas, soam bem. Até ficam bem na música. Até a melhoram, já não quero outra versão.

6.20.2006

Predestinada (2)

Uma vez desenhei uma boneca sem pés nem chão (mas com as pernas muito compridas) a sorrir e a apontar para o céu para me apresentar aos senhores de recursos humanos de uma multinacional. Queriam um líder, eles. Pois.
Passar um dia inteiro a ler um livro chamado "The science of ice-cream" e só ter à mão uns Olázecos não pode, de modo nehum, ser bom para minha felicidade.

6.19.2006

Ghost of corporate future

A man walks out of his apartment,
It is raining, he's got no umbrella
He starts running beneath the awnings,
Trying to save his suit,
Trying to save his suit.


Trying to dry, and to dry, and to dry but no good
When he gets to the crowded subway platform,
He takes off both of his shoes
He steps right into somebody's fat loogie
And everyone who sees him says, "Ew."
Everyone who sees him says, "Ew."


But he doesn't care,
'Cause last night he got a visit from the
Ghost of Corporate Future
The ghost said, "Take off both your shoes
Whatever chances you get
Especially when they're wet."


He also said,
"Imagine you go away
On a business trip one day
And when you come back home,
Your children have grown
And you never made your wife moan,
Your children have grown
And you never made your wife moan."


"And people make you nervous
You'd think the world is ending,
And everybody's features have somehow started blending
And everything is plastic,
And everyone's sarcastic,
And all your food is frozen,
It needs to be defrosted."


"You'd think the world was ending,
You'd think the world was ending,
You'd think the world was ending right now.
You'd think the world was ending,
You'd think the world was ending,
You'd think the world was ending right now."


"Well maybe you should just drink a lot less coffee,
And never ever watch the ten o'clock news,
Maybe you should kiss someone nice,
Or lick a rock,
Or both."


"Maybe you should cut your own hair
'Cause that can be so funny
It doesn't cost any money
And it always grows back
Hair grows even after you're dead"


"And people are just people,
They shouldn't make you nervous.
The world is everlasting,
It's coming and it's going.
If you don't toss your plastic,
The streets won't be so plastic.
And if you kiss somebody,
Then both of you'll get practice."


"The world is everlasting
Put dirtballs in your pocket,
Put dirtballs in your pocket,
And take off both your shoes.
'Cause people are just people,
People are just people,
People are just people like you.
People are just people,
People are just people,
People are just people like you."


The world is everlasting
It's coming and it's going
The world is everlasting
It's coming and it's going
It's coming and it's going


Regina Spektor
Ghost of corporate future

6.10.2006

À atenção domega-fã

Depois de te entreter, o Alex Kapranos (que escreve sobre comida no Guardian) pegou nos outros 4 e jantou algures por Lisboa. E gostou:

"It is worth going to Lisbon just to eat Azeitao cheese. The ancient, muslin-wrapped rind looks like the skin of an Egyptian mummy. The top has been sliced off and a tiny spoon stands in the runny interior. It is made in Portugal's highest mountains from raw, unpasteurised ewe's milk, using Cardoon thistle instead of rennet."
.

Apesar de me parecer que ele está a trocar alhos por bugalhos (neste caso Azeitão por Serra e Bairro Alto por Alfama, "how proud are we"?


(pequena nota: no melhor do meu conhecimento, o Alex é o primeiro britânico a apreciar a nosso "Egiptian mummy cheese". Cada vez que o tentei partilhar a resposta foi uma careta ou um bem-educado "interesting flavour" mesmo antes de um copo de àgua à pressa para lavar o "interesting flavour" da boca)

6.09.2006

too hot to blog

Sim, até aqui.
Estou a criar uma dependência de "mazagrin" e meu cérebro não consegue ir além observar o espreguiçar dos gatos do quintal, logo hoje que eu até preciso dele.
No Guardian vem um artigo sobre as melhores dedicatórias de escritores. A Zadie Smith (que me recuso a ler por pura inveja: talentosa, gira, mil prémios literários, festas da "Vogue", casada com um poeta giro talentoso, o Nick Laird) escreveu assim no "On Beauty" para o Nick Laird:"blablablah...Most of all I thank my husband, whose poetry I steal to make my prose look pretty. Its Nick who knows that "time is how you spend your love", and that's why my book is dedicated to him, as is my life". "As is my life", a lamechas dentro de mim rendeu-se, vou comprar o livro. Uma rapariga precisa de bom modelos e a inveja é feia.


Mas nem tudo é mau, apesar de me ter apaixonado de novo, o meu objecto de afeição é da Chloe e não da "high street". O que me reduz significantemente a probabilidade de partir um perna este Verão.






Posted by Picasa