7.30.2004

Efeitos secundários de ver o "Preço certo (em euros)"


Existem realidades tão diferentes mesmo aqui ao lado, pessoas que apesar de falar a mesma língua e nos induzirem em errro à primeira vista dão saltinhos e gritinhos à conta de torradeiras e bicicletas estáticas rindo tanto e tão descrontoladamente de piadinhas marotas de mau gosto que só posso concluir que somos atravessados por outra dimensão.Uma dimensão paralela e muito mais assustadora que a Quinta. Não sei se vou conseguir dormir.

7.27.2004

E agora para algo realmente importante...

...queria tanto, mas tanto um verniz-mais-ou menos-desta-cor-mas-mais-fluorescente-e amarelado-mas-não-muito-só-um-bocadinho-é-assim-uma-cor-que-inventei-na-minha-cabeça-e-ia-mesmo-bem-com-pés-bronzeados-e-sandálias e não encontro!


ADENDA: e não é que a a esta-cor-mas-mais-fluorescente-e amarelada-mas-não-muito-só-um-bocadinho-é-assim-uma-cor-que-inventei-na-minha-cabeça-e-ia-mesmo-bem-com-pés-bronzeados-e-sandálias fica, surpreendentemente, bem com tudo?

Aqui a "silly season" é "silíssima"

O meu cão, coitado, é esquizofrénico. Nem preciso de testes para o comprovar. Se até agora ele se achava um gato, com todos os inconvenientes para nós, pobres donos, que daí advinham (desobdiência, altivez, desinteresse e vontade própria em vez de obdiência, servilidade e adoração aos seres que o alimentam e se deliciam com as suas gracinhas como se fosse um primeiro e único filho); agora deve achar que é um urso. Ou isso ou os cães velhinhos hibernam no Verão...
E eu, que era a raínha do calor, nunca me satisfazendo com uma temperatura inferior à do Inferno num dia mau do Diabo, dou por mim sem força sequer para ir para a praia, a cair semi-desfalecida e invertebrada em todas as cadeiras, almofadas ou sofás entre a sala e a cozinha, sítio onde sou salva por um chá bem gelado de limão e gengibre.

 

7.23.2004

Afinal não fui, que é como quem diz: Ai, alguém torne o meu sofá duro como os bancos de igreja, dinamize a minha alma ociosa e sedenta de “junk tv” e acrescente 3 ou 4 zeros ao meu extracto.
Vejo o "Último Samurai" e distraio-me do Tom a pensar-que "o Japão deve ser lindo", babo por Nova Iorque de tal maneira a ver o "Sexo e a cidade" que já nem sei com quem anda a Carrie e fico com os pelitos arrepiados pela Índia  no "Casamento debaixo de chuva". Vou mas é pegar numa mochila enorme e cheia de correias com utilidade misteriosa tipo Coronel Tapioca  e numas sandálias  das mais-feias-do-mundo-como-é-que isto ficou-na-moda e correr a aldeia global. É isso, vou , vou...

 

7.21.2004

You got me Frank, I'm a tramp

She gets too hungry, for dinner at eight
She loves the theater, but doesn’t come late
She’d never bother, with people she’d hate
That’s why the lady is a tramp
Doesn’t like crap games,
with barons and earls
Won’t go to harlem, in ermine and pearls
Won’t dish the dirt, with the rest of those girls
That’s why the lady is a tramp
She loves the free, fresh wind in her hair
Life without care
She’s broke, but it’s o’k
She hates california, it’s cold and it’s damp
That’s why the lady is a tramp
Doesn’t like dice games,
with sharpies and frauds
Won’t go to harlem, in lincolns or fords
Won’t dish the dirt, with the rest of those broads
That’s why the lady is a tramp


Estava aqui a pensar que...

...não há distância que vença a tecnologia (e ainda bem).



7.16.2004

That's why "I'm mad about the boy"
 
Um rapaz que fica à beira da lágrima perante uma trouxa de ovos e que após um fantástico bife recheado de queijo da serra se lamenta "agora é que ainda me vai custar mais deixar Portugal" só pode ser a minha peça vizinha do puzzle, só pode.



7.14.2004

Dúvida (2):


Como lavar os olhos de tudo o que tocaram até hoje?

Quando era pequenina às vezes acontecia-me distrair-me tanto do mundo que quando "voltava" verificava com espanto que existiam formas, cores e volumes.

Agora apetecia-me.

7.09.2004

DÙVIDA:

Poderá ser menos que maravilhoso...

...viver aqui?

7.06.2004

Chorar?


Eu não chorei, afinal fomos os melhores entre as equipas cujo futebol não conduz ao bocejo.

7.03.2004

Inscrição

Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar



Sophia Mello Breyner Andresen


:(

7.01.2004

“Back to life, back to (this strange) reality…”

Uma mãe é uma mãe é uma mãe e a minha juntou todas as GR’s na minha ausência. Meio ensonada ainda consigo ler meia dúzia de crónicas de um blogueador para matar as saudades.

Uma mãe é uma mãe é uma mãe e a minha fez todos os petisquinhos preferidos.

Descubro que ainda sei conduzir (Uffa!).
Faço a revisão de imprensa no monte de revistas da sala fico a saber que a filha do Carlos Cruz está a tentar bater o recorde do Guiness de miúda mais tatuada (todas com um significado “muito especial” que oscila entre Buda, ex-namorado e símbolos tribais), a Fernanda Serrano está careca mas ainda fica mais gira e Pimpinha encontrou um namorado que gosta dela pelo que ela é e não por ser “uma figura pública”.
Na revista onde a minha prima de 11 anos actualiza os “Morangos com Açúcar” vejo que a melhor amiga da suposta namorada do Cristiano Ronaldo expôs toda a intimidade da amiga diz que ela está desesperada a tentar contactá-lo e que provavelmente está grávida (agradecia o contacto da a melhor amiga da suposta namorada do Cristiano Ronaldo, quero recomendá-la como confidente da senhora do “guichet” do banco que me “chamou atraso de vida” baixinho a pensar que eu não ouvia quando enganei a preencher um impresso).

Portugal está na final, lá fora toda a gente festeja e eu nem força tenho para pestanejar, ai...

Hoje acordo na minha casa que por agora ainda me parece estranha e vejo (leia-se rereconfirmo) que a CC é uma querida e está a merecer os bombons prometidos, hhihihih...

Sou obsessiva-compulsiva e não confio nos correios. Enviei uma carta muito importante em correio azul registado do país onde estava até ontem para outro. Agora estou num terceiro (este, o meu e o melhor!), a carta está atrasada e eu já a aplicar teoria da conspiração a imaginar os carteiros a deitar cartas ao rio porque está sol e querem é ir apanhar sol para o parque, como é que dará para confirmar isto, telefonar para os correios de onde enviei, para os do destinatário, devolvem para o meu endereço? Aiii, acho que hoje ainda me vão chamar novamente “atraso de vida” (episódio marcante da minha vida, foi aí que nasceu a minha alergia a impressos e formulários, fico logo assim com uma cara séria de quem vai para a guilhotina).


Por mim já estava na praia mas uma mãe é uma mãe é uma mãe e a minha organizou um comité de boas-vindas que consiste em senhores do gás natural a adaptar o fogão (já disseram que o esquentador estava mal montado, já conseguiram entalar um martelo nuns ferros da parede e oiço mais vezes do que seria desejável “aiaia isto só a mim” e “agora, o que é que eu faço”).